Um episódio midiático
O presidente brasileiro é o indivíduo mais midiático do país. Os brasileiros, diariamente, são expostos às suas frases polêmicas e imagens marcantes. Vale qualquer "coisa" para ser notícia, sair "bem na foto" ou divulgar a sua imagem.
Depois de sujar as mãos com o ouro negro, dar aulas de saúde numa creche em Pernambuco e se posicionar contra a lei do tabagismo, resolveu tecer elogios aos jogadores argentinos e colocar em dúvida o talento, garra e dedicação dos jogadores brasileiros de futebol, que estão na seleção masculina. Se ele está certo ou não, não vem ao caso. O que não é justo, muito menos “de bom tom” é louvar os nossos vizinhos em detrimento da nossa imagem. Se o objetivo foi "aparecer", pior ainda.
O único jogador “brioso” – o goleiro Júlio César - que resolveu contestar as afirmações do mandatário do país teve de lhe pedir desculpas, a mando da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
A CBF, por sua vez, emitiu uma nota oficial afirmando que a resposta de Júlio César ao presidente não representa o pensamento da equipe. Segundo a nota, a opinião do goleiro é somente dele e de mais nenhum outro jogador verde-amarelo.
A pressa dos cartolas em repudiar a declaração do goleiro e enquadrar os demais jogadores é simbólica: a democracia tantas vezes enaltecida no nosso país não existe verdadeiramente, caso contrário, as palavras de Júlio César teriam “passado em branco”. A liberdade de expressão vale para os poderosos, mas não vale para o “resto”. O presidente pode afirmar o que quiser, mas não pode ser questionado.
Hoje à noite, quando o juiz apitar o final da partida entre Brasil e Chile, qualquer que seja o resultado, o presidente sairá fortalecido do episódio. Se o Brasil ganhar, a responsabilidade da vitória será credenciada àquele cujo “gesto” foi o de mexer com “o moral” da seleção. Se o Brasil perder, as manchetes de amanhã dirão que o presidente está coberto de razão e que fez muito bem de ir a público expor os problemas do esporte brasileiro. Se Dunga cair, então, haja claque, holofotes, confetes e serpentinas!
Depois de sujar as mãos com o ouro negro, dar aulas de saúde numa creche em Pernambuco e se posicionar contra a lei do tabagismo, resolveu tecer elogios aos jogadores argentinos e colocar em dúvida o talento, garra e dedicação dos jogadores brasileiros de futebol, que estão na seleção masculina. Se ele está certo ou não, não vem ao caso. O que não é justo, muito menos “de bom tom” é louvar os nossos vizinhos em detrimento da nossa imagem. Se o objetivo foi "aparecer", pior ainda.
O único jogador “brioso” – o goleiro Júlio César - que resolveu contestar as afirmações do mandatário do país teve de lhe pedir desculpas, a mando da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
A CBF, por sua vez, emitiu uma nota oficial afirmando que a resposta de Júlio César ao presidente não representa o pensamento da equipe. Segundo a nota, a opinião do goleiro é somente dele e de mais nenhum outro jogador verde-amarelo.
A pressa dos cartolas em repudiar a declaração do goleiro e enquadrar os demais jogadores é simbólica: a democracia tantas vezes enaltecida no nosso país não existe verdadeiramente, caso contrário, as palavras de Júlio César teriam “passado em branco”. A liberdade de expressão vale para os poderosos, mas não vale para o “resto”. O presidente pode afirmar o que quiser, mas não pode ser questionado.
Hoje à noite, quando o juiz apitar o final da partida entre Brasil e Chile, qualquer que seja o resultado, o presidente sairá fortalecido do episódio. Se o Brasil ganhar, a responsabilidade da vitória será credenciada àquele cujo “gesto” foi o de mexer com “o moral” da seleção. Se o Brasil perder, as manchetes de amanhã dirão que o presidente está coberto de razão e que fez muito bem de ir a público expor os problemas do esporte brasileiro. Se Dunga cair, então, haja claque, holofotes, confetes e serpentinas!
Assista as declarações de Júlio César - um brasileiro de opinião
Clique nos links abaixo:
Seja o primeiro a comentar!
Postar um comentário