De arrastão em arrastão...
Os arrastões do asfalto viraram moda na cidade do Rio de Janeiro. Hoje ocorreram mais dois: um, na Avenida Radial Oeste, próximo ao estádio do Maracanã e o outro, na Avenida Brasil. Na Avenida Brasil um cidadão foi morto, ao resistir ao assalto (leia aqui).
O faroeste urbano diário passou a ser banal na cidade maravilhosa, e ao contrário dos filmes de John Wayne, o mocinho tem sido, sempre, o perdedor. Mas, pudera, os mocinhos cariocas e fluminenses, assim como, paulistas, mineiros e todos os demais brasileiros estão meio que paralisados diante da onda de otimismo, que tomou conta do país. Atualmente as mídias não falam em outra coisa, a não ser das sucessivas descobertas de petróleo na bacia de Santos, da popularidade do presidente que está aos píncaros, do aumento substancial da classe média, do poder de consumo que cresceu vertiginosamente e da blindagem da economia brasileira frente à crise norte-americana. Todas assertivas falaciosas. E o pior, muitos acreditam, como no passado, no “país das maravilhas”, no novo “éden tupiniquim”.
Infelizmente todos esses fatores de pujança nacional esbarram na realidade do cotidiano: hospitais públicos caindo aos pedaços, violência crescente, educação pública de péssima qualidade, corrupção que corrói a democracia, má gestão do dinheiro público, desvios de verbas públicas, tropas federais para garantirem as eleições e os três poderes contaminados.
Qual é o saldo dessa utopia? Negativo, certamente.
O Congresso Nacional, a Assembléia Legislativa e a Câmera de Vereadores - caixas de ressonância dos anseios populares – que deveriam se desdobrar para atender os pedidos da sociedade estão também, convenientemente, paralisados. Se não há cobrança, não há ações.
O faroeste urbano diário passou a ser banal na cidade maravilhosa, e ao contrário dos filmes de John Wayne, o mocinho tem sido, sempre, o perdedor. Mas, pudera, os mocinhos cariocas e fluminenses, assim como, paulistas, mineiros e todos os demais brasileiros estão meio que paralisados diante da onda de otimismo, que tomou conta do país. Atualmente as mídias não falam em outra coisa, a não ser das sucessivas descobertas de petróleo na bacia de Santos, da popularidade do presidente que está aos píncaros, do aumento substancial da classe média, do poder de consumo que cresceu vertiginosamente e da blindagem da economia brasileira frente à crise norte-americana. Todas assertivas falaciosas. E o pior, muitos acreditam, como no passado, no “país das maravilhas”, no novo “éden tupiniquim”.
Infelizmente todos esses fatores de pujança nacional esbarram na realidade do cotidiano: hospitais públicos caindo aos pedaços, violência crescente, educação pública de péssima qualidade, corrupção que corrói a democracia, má gestão do dinheiro público, desvios de verbas públicas, tropas federais para garantirem as eleições e os três poderes contaminados.
Qual é o saldo dessa utopia? Negativo, certamente.
O Congresso Nacional, a Assembléia Legislativa e a Câmera de Vereadores - caixas de ressonância dos anseios populares – que deveriam se desdobrar para atender os pedidos da sociedade estão também, convenientemente, paralisados. Se não há cobrança, não há ações.
Certa está Maria Bethânia, que no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, na semana passada, desabafou: "Sou brasileira. Responsável e séria. Por isso mesmo, me zango muito. E cada vez que vejo essa palhaçada, essa mentira, esse Brasil virtual, poderoso, paraíso, fico gelada, porque parece que a gente é maluca, mas não é. (...) Esse Brasil que é anunciado todos os dias, maravilhoso, melhor dos melhores, que vai ser o maior produtor de petróleo do mundo... Gente dá um tempo! Veja um pouquinho mais de perto, chegue mais perto... Está tudo muito longe, desfocado, um paraíso que eu não consigo ver daqui. (...) Não gosto de ser tratada como imbecil".
E assim, de arrastão em arrastão e sob espessa “cortina de fumaça”, vamos em frente. Há outra saída?
E assim, de arrastão em arrastão e sob espessa “cortina de fumaça”, vamos em frente. Há outra saída?
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