22 de março de 2008

Uma deliciosa tradição!

Eu sei que o verdadeiro sentido da Páscoa é o de renascimento, harmonia, união entre as pessoas..., mas existe tradição mais deliciosa do que trocar ovos de chocolate no domingo de Páscoa? Nesse dia, não há peso na consciência que me impeça de comer um “suculento” ovo. Além do mais, pesquisadores americanos descobriram que o chocolate, consumido em pequenas quantidades, tem o mesmo efeito positivo da aspirina na redução dos problemas cardíacos. E eu que pensei que a única propriedade do cacau fosse a de liberar substâncias cerebrais, que melhoram o humor, reduzem a ansiedade e dão uma sensação de conforto! Isso é papo de chocólatra, com certeza!
Mas o apelo ao consumo de chocolate não se limita à Semana Santa. As crianças e adolescentes que o digam. Uma famosa empresa produziu este ano um caderno, cuja capa traz a figura de chocolate derretido. Uma delícia! E com aroma de chocolate e tudo! Não dá para resistir. Imagine conviver diariamente com aquele “cheirinho” peculiar. Os pais e nutricionistas é que devem ficar em polvorosa com mais essa “novidade”, pois sabem que estão perdendo a batalha, apesar dos alertas e conselhos sobre o perigo do consumo exagerado dessa tentação.
A recomendação dos especialistas nessa data é simples: se você for presenteado com muitos ovos de Páscoa, fique com apenas um deles e doe os outros.
Feliz Páscoa a todos!

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21 de março de 2008

Dengue - um crime sanitário

Em 2002, o então candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lançar seu programa de governo para a área de Saúde no Rio de Janeiro, criticou duramente a administração de José Serra no Ministério da Saúde, com relação à epidemia de dengue na Cidade Maravilhosa. "Sabem por que estamos lançando esse programa aqui no Rio? Aqui foi o exemplo do desleixo maior do governo federal no combate à dengue”, afirmou Lula.
Na época o ex-ministro Serra foi responsabilizado pelos seus opositores pelo surto da doença, tendo sido apontado por eles como o “ministro da dengue”.
Em outubro de 2007, um outro José , o ministro da Saúde José Gomes Temporão afirmou em entrevista à Agência Brasil: "Uso um conceito político e não epidemiológico. Uma doença que há tantos anos causa tantos problemas para o Brasil, que matou 121 pessoas e que já tivemos neste ano 480 mil casos, é um problema sério, que deve ser enfrentado". "Politicamente, vivemos uma epidemia de dengue", completou.
Sobre o atual surto de dengue, o ministro Temporão critica a atuação da prefeitura no combate à doença. O prefeito do Rio de Janeiro , César Maia, também critica a atitude do Ministério da Saúde em relação aos hospitais federais instalados no Rio. Ele ressalta que as emergências do Hospital de Bonsucesso e Fundão estão fechadas. Diz ainda que quase a metade das mortes por dengue na cidade do Rio ocorreram no Hospital Federal Cardoso Fontes, e que o ministro Temporão nada fez a respeito dos fatos.
Essas declarações são conclusivas : a dengue deixou de ser um caso de calamidade pública e se tornou uma disputa política . O sofrimento da população afetada pela doença não tem a menor importância para os nossos governantes. O mais importante não é vencer o mosquito transmissor , mas sim o adversário político.
A verdade é que o descaso com a saúde pública no Rio de Janeiro deve ser creditado a todas as esferas da administração pública, tanto que o Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro (Sindimed) entrará com uma notícia-crime nos ministérios públicos estadual e federal contra a prefeitura carioca , o governo do estado e a união, por omissão e negligência no que se refere ao controle e combate da dengue no Rio de Janeiro.
Segundo o presidente do sindicato, Jorge Darze, o que se configura atualmente no Rio é um crime sanitário, onde o poder público por sua inoperância contribuiu para agravar a situação da população e, como conseqüência, há um aumento do índice de letalidade da doença. Em 2002, na última epidemia de dengue no estado o Sindimed também entrou com uma ação contra os três poderes, mas a ação contra os gestores de Saúde foi indeferida. O mesmo deverá ocorrer no presente ou alguém ainda acredita ,que no país da impunidade , algum político paga o preço da sua irresponsabilidade ou negligência?
Embora saiba que o combate à dengue é feito de maneira descentralizada pelos estados , municípios e união, fico aguardando o pronunciamento do senhor presidente e a “caça às bruxas” com relação à epidemia de 2008, no Estado do Rio de Janeiro. O seu silêncio me permitirá concluir que em seu governo “o que vale para Chico , não vale para Francisco”, ou melhor: "o que valeu para o José de 2002 , não vale para o José de 2008 " , o que, na minha opinião, é extremamente grave.

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12 de março de 2008

Big Brother Brasil

A cada nova edição do Big Brother Brasil fico na torcida , para que o reality show se transforme num tremendo fiasco de audiência, pois não consigo entender como é que um programa em que as relações humanas baseadas na intriga, na trapaça, na traição, na fofoca, na superexposição da intimidade e na sedução barata pode ser tão popular e fazer tanto sucesso em terras tupiniquins. Existem até blogs e comunidades na internet criadas especialmente para acompanhar o programa e torcer pelos confinados. Tive a curiosidade de entrar em alguns deles e fiquei impressionada com o nível das discussões: os participantes dessas comunidades parecem àquelas maledicentes comadres de outrora, que ficavam penduradas na janela no final da tarde, futricando a vida alheia.
Cabe aqui uma pergunta: o que leva às pessoas a se envolverem de forma tão obsessiva com um programa que, em última análise, teria apenas e tão somente a função de entreter o telespectador?
Seria a invasão da privacidade - o tomar conta da vida do outro - um dos motivos dessa febre? Ou seria a forma de como os confinados vivem enquanto dura o programa: sem noção de tempo, de espaço e alheios ao que acontece no mundo?
O próprio diretor do BBB ,em suas entrevistas, nos dá algumas pistas do sucesso da atração. Segundo ele, o Big Brother Brasil é muito diferente do reality show como foi concebido pela Endemol. A produção brasileira teve a "feliz" idéia de formatar o programa, apelando para a paixão que o povo brasileiro tem pelas novelas. Assim, cada edição é um novo capítulo dessa novela, cujo enredo e personagens são determinados pelas situações ocorridas na casa. A visão editorial leva em conta o IBOPE e, por esse motivo , as edições muitas vezes não retratam o que realmente ocorreu no confinamento. Uma situação criada pela produção é editada para o programa ao vivo. Se a situação agradar, a exploração da mesma é inevitável. Além do mais, a maioria dos fãs do programa não possui o senso crítico que lhe permite separar a fantasia da realidade e "vai sendo conduzida" infantilmente pela produção.
Infelizmente, o telespectador assíduo não percebe que por trás de toda a parafernália, que envolve o programa, há uma manipulação clara da emissora, com o objetivo de ditar regras nos costumes, além de verificar como a sociedade brasileira reage e/ou aceita os comportamentos humanos a partir das atitudes dos confinados e da condução das situações pela produção. Certamente, estamos diante de uma mega pesquisa de opinião pública.
A edição 2008 do reality show está chegando ao fim e mais uma vez fica a triste constatação de que, atualmente, a função da mídia televisiva não é o de educar ou elevar a cultura do telespectador, mas ao contrário, a de torná-lo presa fácil de seus objetivos mais escusos.

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