24 de fevereiro de 2008

Vou-me embora pra Pasárgada

Quando me vejo cansada de ler tantas notícias escabrosas sobre a política nacional, penso logo no poema de Manuel Bandeira: “Vou-me embora pra Pasárgada”.
Já li diversas explicações e interpretações a respeito da mensagem que Bandeira pretendia passar quando criou o poema, mas para mim Pasárgada é uma palavra que significa: “não estou nem aí” ou então “não vale a pena me aborrecer com esse assunto”. Foi assim que me expressei quando surgiram na mídia as primeiras denúncias sobre o abuso no uso dos cartões corporativos. Na verdade, a minha reação simplória se deveu ao fato de não ter de admitir, que o meu dinheiro estava lá, sendo usado na compra de uma jóia cara em Nova York, no abastecimento de bebidas na casa de um deputado, nas aplicações de botox da primeira dama e até mesmo na compra de tapioca. Sinceramente, não foi para financiar essas “benesses” que trabalhei arduamente e paguei em dia todos os impostos, os quais, diga-se de passagem, são extremamente abusivos.
De volta ao meu estado normal, leio a notícia de que, segundo os institutos de pesquisa, dos 64,1% dos brasileiros que sabem do que se trata, 83,1% são contra o uso dos cartões corporativos. Seria um bom sinal, de que finalmente o povo brasileiro resolveu acordar dessa letargia em que se encontra, se não fosse a notícia de que a popularidade do atual presidente atingiu seu ponto mais alto desde 2003, justamente no momento em que mais esse escândalo mina a resistência das pessoas de bem deste país.
O crescimento da popularidade do presidente certamente contribuirá para o acordo– leia-se conchavo – entre a base aliada do governo e a oposição para a instalação da CPI dos cartões, que jogará para debaixo do tapete as falcatruas deste e dos governos anteriores. Na tentativa de blindar o senhor Luis Inácio Lula da Silva, os brasileiros estão prestando um enorme desserviço à nação...

“Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei... “

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14 de fevereiro de 2008

Acabou a moleza

O carnaval “prematuro” deste ano conseguiu desorganizar-me totalmente. Estava tão habituada a voltar ao trabalho no início de fevereiro e ficar aguardando o recesso da semana carnavalesca - para possíveis readaptações a horários e compromissos - que não me preparei psicologicamente para encarar a rotina de trabalho, sem cortes, nesse início de fevereiro. Só me dei um desconto, por essa minha imprudência, após ter descoberto que a última vez que o carnaval aconteceu nos primeiros dias de fevereiro foi há muito tempo, mais precisamente em 1913, ano em que eu nem era nascida. Naquele ano , assim como em 2008 , o carnaval “emendou” com o mês de janeiro. Portanto, bastante compreensível a minha alienação de final de férias.
Passado o impacto inicial, a volta das férias foi bem confusa: o trânsito caótico, a organização familiar ainda entrando nos eixos e as tarefas inadiáveis aparecendo.
É claro que voltar ao ritmo normal de trabalho após algumas semanas de descanso, não é uma tarefa fácil, mas como não sou do tipo que desanima na primeira barreirinha decidi que as minhas férias terminarão, oficialmente, no próximo domingo. Esta semana, portanto, foi apenas um retorno para recarregar as baterias e uma preparação “light” para o ano que vem pela frente.

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8 de fevereiro de 2008

O ano do rato

Segundo a astrologia chinesa, 2008 é o ano do rato. A previsão astrológica aponta para um ano auspicioso: todos os signos estão favorecidos, desde que trilhem o caminho da honestidade. Portanto, 2008 é um péssimo ano para os políticos corruptos. Essa previsão me fez lembrar daquele famoso conto dos irmãos Grimm sobre Josu, o flautista encantador de ratos, que livrava a cidade da praga desses roedores ao tocar sua flauta e encantá-los. Por que essa lembrança me ocorreu? Simples. Em outubro deste ano acontecem as eleições para prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros. Imaginei que o nosso gesto de apertar a tecla da urna eletrônica deveria ter o mesmo poder da flauta encantada de Josu: mudar a história da corrupção no país, afastando do cenário político brasileiro aqueles ratos profissionais, que estão habituados a nos roubar sem o menor constrangimento.
Um outro rato pode entrar triunfalmente nesse meu devaneio: o mouse. Através desse ratinho que nos é bastante familiar, quem sabe não poderíamos fazer uma pesquisa minuciosa na internet, com a finalidade de encontrar candidatos compromissados com a coisa pública e realmente interessados em trabalhar pelo bem comum? É claro que nem todos os eleitores possuem a sua disposição uma ferramenta poderosa como a internet, mas àqueles que têm acesso a esse meio de comunicação podem engrossar a corrente, pela renovação na base da pirâmide política brasileira.
Enfim , é importante que tenhamos sempre em mente , que todo político que exerce um mandato eletivo foi conduzido a essa condição, através do nosso voto secreto e livre, portanto, votar bem é dever de todos.

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" A Profecia Celestina "

Acabo de concluir a “releitura” do livro “A Profecia Celestina” de James Redfield – aquele livro que encontrei no meio das minhas bagunças. A leitura em si foi agradável, mas me passou a idéia de um livro de auto-ajuda, baseado na filosofia “hippie”, que pregava a liberdade, a paz, o amor e o respeito ao outro e à natureza, como forma de modificar a sociedade moderna, mergulhada na inveja, na cobiça e em regras rígidas de controle comportamental.
Trata-se de uma aventura nas florestas peruanas, onde foi encontrado um antigo manuscrito contendo nove visões, que a raça humana precisa conhecer, para alcançar a sabedoria no terceiro milênio. À medida que se conclui a leitura de cada um dos capítulos, uma dessas visões é revelada ao personagem central da trama, que percorre um longo caminho em busca do tal manuscrito.
Em resumo, o autor procura conscientizar o leitor de que a humanidade, no terceiro milênio, está despertando para uma nova espiritualidade, que foi deixada de lado com o progresso científico e tecnológico da era moderna: o mundo material. As inúmeras descobertas da física, de que o Universo é um vasto campo de energia, onde os fenômenos estão interligados, demonstram que todo indivíduo pode ter acesso a essa energia, influenciando de modo positivo a sua realidade e a do outro. Para isso, é necessário que todo o indivíduo procure se conhecer melhor. O acesso a essa energia universal evoluirá, então, para a união com a energia divina e, em conseqüência, os conflitos interpessoais deixarão de existir, já que eles nada mais são do que uma disputa de poder pela energia do outro. É o que o autor chama de crescimento sincronístico. Assim, á medida que a evolução prosseguir, o crescimento sincronístico elevará nossas vibrações energéticas, ao ponto em que penetraremos na dimensão da vida após a morte, fundindo essa dimensão com a nossa e encerrando o ciclo de nascimento - morte. O autor alerta, ainda, de que as “coincidências” do nosso dia-a-dia, os nossos sonhos, devaneios e pensamentos intuitivos são, na verdade, mensagens energéticas e que, portanto, devemos estar sempre atentos a elas, em benefício do nosso crescimento espiritual e de toda a humanidade.
Não pretendo ler a continuação dessa saga – "A Décima Profecia" – que trata de uma visão de como todos devemos trabalhar juntos para criar uma nova cultura espiritual, nem tão pouco conhecer a décima primeira visão - “Visão Celestina” - que fala sobre o poder da fé, pensamento positivo e poder da oração, porque não sou fã de livros de auto-ajuda.
Para quem gosta desse tipo de leitura fica aqui a sugestão
.

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3 de fevereiro de 2008

Vai-Vai acorda Brasil

Os saudosistas vivem reclamando de que o carnaval perdeu a autenticidade como manifestação cultural popular, já que se transformou num empreendimento comercial - um “espetáculo da mídia” - além de ser, em muitos casos, financiado pelo poder paralelo , pela contravenção ou por interesses políticos. Discussões e polêmicas à parte , um tema apresentado no carnaval paulista de 2008, pela Escola de Samba Vai-Vai , deve ser aplaudido: a Educação no país.
O carnavalesco da escola se inspirou na peça “Acorda Brasil!”, do empresário Antônio Ermírio de Moraes, que narra a história do Instituto Baccarelli, fundado pelo maestro Silvio Baccarelli para ensinar música erudita à crianças e jovens da favela de Heliópolis, na Zona Sul da cidade de São Paulo.
A proposta da “Vai-Vai” é apontar a Educação , através da arte e da música ,como forma de discutir a inclusão social
.

A comissão de frente vestiu-se de dourado para representar Apolo, deus da música na mitologia grega, enquanto trombetas anunciavam a chegada da Educação.
Que os deuses do Olimpo, através do refrão do samba-enredo da “Vai-Vai”, inspirem nossos governantes a pensarem com mais seriedade e responsabilidade nesse setor tão importante de uma sociedade :

"Alô Brasil, o nosso povo quer mais
Educação para ser feliz!
Com união, vencer a corrupção
Passar a limpo este país!"

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2 de fevereiro de 2008

Criatividade na "blogosfera"

O ciberespaço é realmente um lugar apaixonante. Se tivermos um pouquinho de paciência, disposição e curiosidade encontramos quase tudo o que procuramos na rede mundial de computadores e , o melhor, corremos o risco de encontrar “coisas” inesperadas. Esses dias, por exemplo, me interessei em buscar no Google sites sobre dicas para incrementar este blog, mas como minha organização em termos de busca não é nada eficiente, fui parar num site que explicava a respeito da Google Bomb ( Bombardeio Google ) ou Googlewash, uma tentativa de influenciar o resultado do mecanismo de buscas do Google, com intenções humorísticas ou políticas.Já havia sido apresentada a esse mecanismo da blogosfera na época do “Renangate”, quando mais de 3500 blogs brasileiros participaram de uma campanha para se colocar a página do Senado , como a primeira a ser achada ao digitar no Google a frase: “vergonha nacional”. A eficiência da campanha foi inquestionável, mas depois de algum tempo a página foi direcionada para a 2ª posição, por motivos óbvios.
Até o nosso atual presidente figura entre as vítimas dos internautas brasileiros. Digitando-se no campo de busca do Google “o maior mentiroso do Brasil”, teremos como resultado uma página do Wikipedia , em português , com a biografia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas, a brincadeira não pára por aí. Uma outra Google Bomb é sobre a honestidade dos nossos políticos. A frase “político honesto” direciona para uma página de erro 404, com a seguinte mensagem: o político honesto não pode ser encontrado.

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