Vou-me embora pra Pasárgada
Quando me vejo cansada de ler tantas notícias escabrosas sobre a política nacional, penso logo no poema de Manuel Bandeira: “Vou-me embora pra Pasárgada”.
Já li diversas explicações e interpretações a respeito da mensagem que Bandeira pretendia passar quando criou o poema, mas para mim Pasárgada é uma palavra que significa: “não estou nem aí” ou então “não vale a pena me aborrecer com esse assunto”. Foi assim que me expressei quando surgiram na mídia as primeiras denúncias sobre o abuso no uso dos cartões corporativos. Na verdade, a minha reação simplória se deveu ao fato de não ter de admitir, que o meu dinheiro estava lá, sendo usado na compra de uma jóia cara em Nova York, no abastecimento de bebidas na casa de um deputado, nas aplicações de botox da primeira dama e até mesmo na compra de tapioca. Sinceramente, não foi para financiar essas “benesses” que trabalhei arduamente e paguei em dia todos os impostos, os quais, diga-se de passagem, são extremamente abusivos.
De volta ao meu estado normal, leio a notícia de que, segundo os institutos de pesquisa, dos 64,1% dos brasileiros que sabem do que se trata, 83,1% são contra o uso dos cartões corporativos. Seria um bom sinal, de que finalmente o povo brasileiro resolveu acordar dessa letargia em que se encontra, se não fosse a notícia de que a popularidade do atual presidente atingiu seu ponto mais alto desde 2003, justamente no momento em que mais esse escândalo mina a resistência das pessoas de bem deste país.
O crescimento da popularidade do presidente certamente contribuirá para o acordo– leia-se conchavo – entre a base aliada do governo e a oposição para a instalação da CPI dos cartões, que jogará para debaixo do tapete as falcatruas deste e dos governos anteriores. Na tentativa de blindar o senhor Luis Inácio Lula da Silva, os brasileiros estão prestando um enorme desserviço à nação...
“Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei... “
Já li diversas explicações e interpretações a respeito da mensagem que Bandeira pretendia passar quando criou o poema, mas para mim Pasárgada é uma palavra que significa: “não estou nem aí” ou então “não vale a pena me aborrecer com esse assunto”. Foi assim que me expressei quando surgiram na mídia as primeiras denúncias sobre o abuso no uso dos cartões corporativos. Na verdade, a minha reação simplória se deveu ao fato de não ter de admitir, que o meu dinheiro estava lá, sendo usado na compra de uma jóia cara em Nova York, no abastecimento de bebidas na casa de um deputado, nas aplicações de botox da primeira dama e até mesmo na compra de tapioca. Sinceramente, não foi para financiar essas “benesses” que trabalhei arduamente e paguei em dia todos os impostos, os quais, diga-se de passagem, são extremamente abusivos.
De volta ao meu estado normal, leio a notícia de que, segundo os institutos de pesquisa, dos 64,1% dos brasileiros que sabem do que se trata, 83,1% são contra o uso dos cartões corporativos. Seria um bom sinal, de que finalmente o povo brasileiro resolveu acordar dessa letargia em que se encontra, se não fosse a notícia de que a popularidade do atual presidente atingiu seu ponto mais alto desde 2003, justamente no momento em que mais esse escândalo mina a resistência das pessoas de bem deste país.
O crescimento da popularidade do presidente certamente contribuirá para o acordo– leia-se conchavo – entre a base aliada do governo e a oposição para a instalação da CPI dos cartões, que jogará para debaixo do tapete as falcatruas deste e dos governos anteriores. Na tentativa de blindar o senhor Luis Inácio Lula da Silva, os brasileiros estão prestando um enorme desserviço à nação...
“Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei... “
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