Dengue - um crime sanitário
Em 2002, o então candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lançar seu programa de governo para a área de Saúde no Rio de Janeiro, criticou duramente a administração de José Serra no Ministério da Saúde, com relação à epidemia de dengue na Cidade Maravilhosa. "Sabem por que estamos lançando esse programa aqui no Rio? Aqui foi o exemplo do desleixo maior do governo federal no combate à dengue”, afirmou Lula.
Na época o ex-ministro Serra foi responsabilizado pelos seus opositores pelo surto da doença, tendo sido apontado por eles como o “ministro da dengue”.
Na época o ex-ministro Serra foi responsabilizado pelos seus opositores pelo surto da doença, tendo sido apontado por eles como o “ministro da dengue”.
Em outubro de 2007, um outro José , o ministro da Saúde José Gomes Temporão afirmou em entrevista à Agência Brasil: "Uso um conceito político e não epidemiológico. Uma doença que há tantos anos causa tantos problemas para o Brasil, que matou 121 pessoas e que já tivemos neste ano 480 mil casos, é um problema sério, que deve ser enfrentado". "Politicamente, vivemos uma epidemia de dengue", completou.
Sobre o atual surto de dengue, o ministro Temporão critica a atuação da prefeitura no combate à doença. O prefeito do Rio de Janeiro , César Maia, também critica a atitude do Ministério da Saúde em relação aos hospitais federais instalados no Rio. Ele ressalta que as emergências do Hospital de Bonsucesso e Fundão estão fechadas. Diz ainda que quase a metade das mortes por dengue na cidade do Rio ocorreram no Hospital Federal Cardoso Fontes, e que o ministro Temporão nada fez a respeito dos fatos.
Sobre o atual surto de dengue, o ministro Temporão critica a atuação da prefeitura no combate à doença. O prefeito do Rio de Janeiro , César Maia, também critica a atitude do Ministério da Saúde em relação aos hospitais federais instalados no Rio. Ele ressalta que as emergências do Hospital de Bonsucesso e Fundão estão fechadas. Diz ainda que quase a metade das mortes por dengue na cidade do Rio ocorreram no Hospital Federal Cardoso Fontes, e que o ministro Temporão nada fez a respeito dos fatos.
Essas declarações são conclusivas : a dengue deixou de ser um caso de calamidade pública e se tornou uma disputa política . O sofrimento da população afetada pela doença não tem a menor importância para os nossos governantes. O mais importante não é vencer o mosquito transmissor , mas sim o adversário político.
A verdade é que o descaso com a saúde pública no Rio de Janeiro deve ser creditado a todas as esferas da administração pública, tanto que o Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro (Sindimed) entrará com uma notícia-crime nos ministérios públicos estadual e federal contra a prefeitura carioca , o governo do estado e a união, por omissão e negligência no que se refere ao controle e combate da dengue no Rio de Janeiro.
Segundo o presidente do sindicato, Jorge Darze, o que se configura atualmente no Rio é um crime sanitário, onde o poder público por sua inoperância contribuiu para agravar a situação da população e, como conseqüência, há um aumento do índice de letalidade da doença. Em 2002, na última epidemia de dengue no estado o Sindimed também entrou com uma ação contra os três poderes, mas a ação contra os gestores de Saúde foi indeferida. O mesmo deverá ocorrer no presente ou alguém ainda acredita ,que no país da impunidade , algum político paga o preço da sua irresponsabilidade ou negligência?
Embora saiba que o combate à dengue é feito de maneira descentralizada pelos estados , municípios e união, fico aguardando o pronunciamento do senhor presidente e a “caça às bruxas” com relação à epidemia de 2008, no Estado do Rio de Janeiro. O seu silêncio me permitirá concluir que em seu governo “o que vale para Chico , não vale para Francisco”, ou melhor: "o que valeu para o José de 2002 , não vale para o José de 2008 " , o que, na minha opinião, é extremamente grave.
Embora saiba que o combate à dengue é feito de maneira descentralizada pelos estados , municípios e união, fico aguardando o pronunciamento do senhor presidente e a “caça às bruxas” com relação à epidemia de 2008, no Estado do Rio de Janeiro. O seu silêncio me permitirá concluir que em seu governo “o que vale para Chico , não vale para Francisco”, ou melhor: "o que valeu para o José de 2002 , não vale para o José de 2008 " , o que, na minha opinião, é extremamente grave.
2 Comentários:
pois é, né ?
triste essa parada da dengue. :(
e ainda teve um cara ai da vida que falou na globo que a população tem que "se acostumar a conviver com a dengue", isso é mesmo um absurdo !
mas vamos falar de coisas boas, não é ?
fale sobre música ae, sumy, você me prometeu, lembra ? :)
bom, vou ficar esperando, viu ?
estou adorando os assuntos, beijos.
Não tenho habilidade para comentar sobre música.
Mas quem sabe...
Abraços!
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