Violência
A carta divulgada na imprensa pela promotora Márcia Velasco, mãe do jovem Pedro Velasco envolvido na morte de outro rapaz – Daniel Duque – assassinado pelo policial militar e segurança particular da doutora Márcia, o depoimento da mãe de Daniel, que clama por justiça pela morte de seu filho e a declaração de um sargento do exército de que uma facção criminosa do Rio de Janeiro estaria pagando dez mil reais, pela cabeça de cada um dos onze militares, envolvidos no assassinato de jovens no morro da Providência, são fatos que demostram, claramente, como a população brasileira está vivendo no limite.
Todos nós, sem exceção, estamos sendo, aos poucos, eliminados, excluídos da sociedade. Estamos convivendo com uma guerra civil cruel e sangrenta e não estamos dando conta da gravidade da situação ou, pior, estamos nos acostumando a viver entrincheirados dentro de nossas próprias casas.
Os assassinatos, seqüestros e roubos estão se tornando tão banais, que chegamos a ponto de comentar sobre eles como se fossem cenas de um filme de ficção, cujo enredo está muito distante da nossa realidade.
Infelizmente vivenciamos esse desrespeito com a vida humana, diariamente, em todos os ambientes, como conseqüência imediata do individualismo, do egocentrismo e do narcisismo. Há uma enorme parcela da sociedade embevecida olhando o seu próprio umbigo: se está bom para mim, que se dane o outro. Para se sentir realizado o indivíduo hoje, mais do que nunca, precisa destruir o outro, excluí-lo, menosprezá-lo. Acostumados que estamos a esse modo de pensar, e habituados a levá-lo à prática, não percebemos que cedo ou tarde ele produzirá a nossa própria exclusão.
O outro precisa ser respeitado porque é o outro, não por ser rico, jovem, esbelto, com poderes políticos ou econômicos.
Não condeno as formas de protesto da sociedade civil, como a passeata que aconteceu hoje no Rio de Janeiro, mas acho que é muito pouco. Dentro de alguns dias, tudo cairá no esquecimento até que um outro fato semelhante destrua o nosso castelo de cartas construído a partir da nossa conivência e cumplicidade.
Todos nós, sem exceção, estamos sendo, aos poucos, eliminados, excluídos da sociedade. Estamos convivendo com uma guerra civil cruel e sangrenta e não estamos dando conta da gravidade da situação ou, pior, estamos nos acostumando a viver entrincheirados dentro de nossas próprias casas.
Os assassinatos, seqüestros e roubos estão se tornando tão banais, que chegamos a ponto de comentar sobre eles como se fossem cenas de um filme de ficção, cujo enredo está muito distante da nossa realidade.
Infelizmente vivenciamos esse desrespeito com a vida humana, diariamente, em todos os ambientes, como conseqüência imediata do individualismo, do egocentrismo e do narcisismo. Há uma enorme parcela da sociedade embevecida olhando o seu próprio umbigo: se está bom para mim, que se dane o outro. Para se sentir realizado o indivíduo hoje, mais do que nunca, precisa destruir o outro, excluí-lo, menosprezá-lo. Acostumados que estamos a esse modo de pensar, e habituados a levá-lo à prática, não percebemos que cedo ou tarde ele produzirá a nossa própria exclusão.
O outro precisa ser respeitado porque é o outro, não por ser rico, jovem, esbelto, com poderes políticos ou econômicos.
Não condeno as formas de protesto da sociedade civil, como a passeata que aconteceu hoje no Rio de Janeiro, mas acho que é muito pouco. Dentro de alguns dias, tudo cairá no esquecimento até que um outro fato semelhante destrua o nosso castelo de cartas construído a partir da nossa conivência e cumplicidade.
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