O professor não é coitado!
A crise do sistema educacional brasileiro não faz parte das agendas dos governos municipal, estadual e federal, há muito tempo, nem tampouco, da sociedade civil. O que se vê são apenas medidas paliativas e demagógicas, como o sistema de cotas nas universidades públicas e a aprovação automática nas escolas municipais e estaduais.
Tenho lido algumas matérias sobre o assunto e percebo que, em muitas delas, se atribui unicamente ao professor a causa do fracasso da educação em nosso país. Alguns especialistas em Educação, inclusive, são unânimes em afirmar, que a sociedade civil brasileira está começando a acordar e perceber o tremendo prejuízo que significa, para o país, a falência da nossa educação. E, nesse contexto, como não podia deixar de ser, a eficiência do trabalho do professor passou a ser questionada, pois esse profissional é o elemento mais frágil de todo o processo.
Em artigo da revista Veja, intitulado “Professor não é coitado", o articulista Gustavo Iochpe, baseado em pesquisas e estatísticas, conclui que a realidade da carreira é muito diferente da difundida. ”Apesar de todos esses dados estarem amplamente disponíveis, perdura a visão de que o professor é um coitado e/ou um herói, fazendo esforços hercúleos para carregar o pobre aluno ladeira acima”, afirma.
Em outro artigo, o articulista complementa a sua opinião: “Tenho certeza de que se os professores tiverem o desprendimento de aceitarem realizar uma introspecção honesta e conseguirem identificar suas carências, a sociedade brasileira - por meio de seus representantes eleitos, mas não apenas eles - saberá estender-lhes a mão, sem recriminações, e ajudar-lhes na melhoria das nossas escolas”.
Na verdade, o país perdeu uma excelente chance de transformar a educação brasileira num caso de sucesso, quando optou em negar o modelo educacional concebido por Darcy Ribeiro no governo de Leonel Brizola, no Estado do Rio de Janeiro:os Cieps.
Naquela ocasião, não foram os professores que fizeram uma introspecção honesta no sentido de identificar as suas carências, como sugere o articulista, mas foi o governo estadual quem ofereceu todas as condições, para que o processo ensino-aprendizagem se concretizasse a contento. Enquanto os Cieps atuaram, como inicialmente concebidos, os alunos das escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro receberam uma educação próxima a de países de primeiro mundo. E mais, a grande maioria daqueles professores ainda está na ativa, impotente diante da falta de políticas públicas para o setor.
Mais recentemente, no governo de Fernando Henrique Cardoso foram discutidos os “Parâmetros Curriculares Nacionais” - uma proposta de reformulação da prática educacional no país. No entanto, os objetivos dos mesmos foram sendo esvaziados ao longo dos anos, mais notadamente nos governos subseqüentes, muito mais pelo descaso com que é tratada a educação neste país, do que pelo desinteresse dos professores.
O que temos atualmente são avaliações de todos os tipos aplicadas pelo Ministério da Educação, que diagnosticam a falência educacional, mas não curam a doença.
Tenho lido algumas matérias sobre o assunto e percebo que, em muitas delas, se atribui unicamente ao professor a causa do fracasso da educação em nosso país. Alguns especialistas em Educação, inclusive, são unânimes em afirmar, que a sociedade civil brasileira está começando a acordar e perceber o tremendo prejuízo que significa, para o país, a falência da nossa educação. E, nesse contexto, como não podia deixar de ser, a eficiência do trabalho do professor passou a ser questionada, pois esse profissional é o elemento mais frágil de todo o processo.
Em artigo da revista Veja, intitulado “Professor não é coitado", o articulista Gustavo Iochpe, baseado em pesquisas e estatísticas, conclui que a realidade da carreira é muito diferente da difundida. ”Apesar de todos esses dados estarem amplamente disponíveis, perdura a visão de que o professor é um coitado e/ou um herói, fazendo esforços hercúleos para carregar o pobre aluno ladeira acima”, afirma.
Em outro artigo, o articulista complementa a sua opinião: “Tenho certeza de que se os professores tiverem o desprendimento de aceitarem realizar uma introspecção honesta e conseguirem identificar suas carências, a sociedade brasileira - por meio de seus representantes eleitos, mas não apenas eles - saberá estender-lhes a mão, sem recriminações, e ajudar-lhes na melhoria das nossas escolas”.
Na verdade, o país perdeu uma excelente chance de transformar a educação brasileira num caso de sucesso, quando optou em negar o modelo educacional concebido por Darcy Ribeiro no governo de Leonel Brizola, no Estado do Rio de Janeiro:os Cieps.
Naquela ocasião, não foram os professores que fizeram uma introspecção honesta no sentido de identificar as suas carências, como sugere o articulista, mas foi o governo estadual quem ofereceu todas as condições, para que o processo ensino-aprendizagem se concretizasse a contento. Enquanto os Cieps atuaram, como inicialmente concebidos, os alunos das escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro receberam uma educação próxima a de países de primeiro mundo. E mais, a grande maioria daqueles professores ainda está na ativa, impotente diante da falta de políticas públicas para o setor.
Mais recentemente, no governo de Fernando Henrique Cardoso foram discutidos os “Parâmetros Curriculares Nacionais” - uma proposta de reformulação da prática educacional no país. No entanto, os objetivos dos mesmos foram sendo esvaziados ao longo dos anos, mais notadamente nos governos subseqüentes, muito mais pelo descaso com que é tratada a educação neste país, do que pelo desinteresse dos professores.
O que temos atualmente são avaliações de todos os tipos aplicadas pelo Ministério da Educação, que diagnosticam a falência educacional, mas não curam a doença.
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